Loja de manhã e depois fui fazer as fotos da uchitta bailerine com o Bruno no terminal. Fotografamos os idiotas dos dançarinos russos, romenos, sei lá, fantasiados de espanhóis... Tínhamos que fazer 500 fotos cada e eles não agarravam as criaturas. Mas eu e o Bru nos ajudamos e às 14h a gente tava no navio, com 400 fotos cada, já que o Viktor passou lá e teve um ataque de “bom senso”.
PESADELO
Staff e crew mass fechados, ligamos pro Sérgio (que tava dormindo), e pedimos pra ir almoçar no Buffet de passageiros, nas piscinas, no deck 9. Ele autorizou – pq não sabia o que estava falando. Chegando lá um officer CAGOU na nossa cabeça; tanto, que eu tenho medo até de reproduzir. Fui dormir com fome mesmo, puta da cara. Tomei café da tarde e às 17h tava na loja de novo, com o estômago embrulhado e sem energia nem pra falar.
GUERRA
Não sei se o bastardo que tá fazendo um bom trabalho em colocar os colegas de equipe um contra o outro, ou se nós mesmos inventamos a idéia de dificultar a vida um do outro. A guerra foi declarada entre brasileiros e as novas gringas, o clima tá péssimo. Sem mais nomes nem perfis de pessoas, eu não sei quem eles são – nem os brasileiros.
TÃO PÉSSIMO
Que depois de me entupir de pão pra disfarçar a barriga vazia e fazer as fotos do menu na galley (cozinha), fui pro banheiro vomitar. E chorar bem alto. Saí pro meu horário de janta (20 min) direto pra cabine, passando mal.
DOCTORE
Não me atendeu. A enfermeira (colombiana, acho) perguntou se eu tava grávida e o enfermeiro brasileiro queria ver o hematoma da minha bunda. Moral da história: saí correndo do Medical Center, correndo mesmo, fugida. O Sérgio disse que falou com o Viktor e que eu podia ficar na cabine até melhorar.
PAIN PAIN PAIN
Eu tenho certeza que a hipersensibilidade no meu dente, o chulé, torcicolo, vômito, dor nas costas, frio e tudo mais é psicológico. Banho quente mentalizando I KNOW WHO I AM pra lembrar que cada um aqui é seu próprio universo – e eu tenho que controlar a minha tristeza. Tenho medo de me perder em mim, das coisas que eu penso. Minha idéia sobre as coisas e as pessoas tem mudado constantemente. Hoje, hoje mesmo, não confio EM NINGUÉM.
VINICIUS
Foi um inferno conseguir ligar pra ele, mas eu precisava ouvir a voz de alguém que me ama com frieiras, cólica e mau hálito pela manhã. Me deixa chocada o fato de eu me abrir aqui pra vocês e não ver minhas irmãs, meus amigos mais queridos nem o homem da minha vida comentando nada. Desabafei com o Vinicius, mas não sei se foi bom ou ruim. O que eu sei é que se a gente ainda se amar depois dessa merda que eu inventei, me caso com ele, se ele ainda quiser.
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