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15 de outubro de 2010

02/10/10 Marseille PAI

Hoje meu pai estaria completando 64 anos, e eu pensei que seria um dia bem deprimente pra mim, por isso resolvi pegar beeeem leve, descansar bastante e ficar perto de quem eu gosto. Pra marcar a data, não atracamos no porto, mas em alto mar, por conta da greve que franceses que amarram as cordas do navio fizeram.


Pra ir pra cidade eu teria que pegar um barquinho cheio de italianos, mas como eu tinha a merda da carta credito pra fazer, resolvi ficar bem socada no navio. Foi a melhor coisa que eu fiz. Dormi como arroz, meu bofe ganhou um lunch off, o que quer dizer que ele teve das 12h às 18h30 livre, um milagre.

Fiquei até às 15h com ele numa das tardes mais lindas da minha vida e depois, surpresa... Não fiquei sentadinha no computador, ajudei no embarque estressante com a pistola, fazendo uma foto de segurança pra cada francês que entrava.


Comecei de má vontade meio amassada de dormir, mas depois comecei a pegar leve porque o povo já embarcou fatiguê e desolê e os franceses são os passageiros mais educados que temos a bordo. Foi beeeem tumultuado, os seguranças berrando em indiano, os cleaners funcionando com o elevador pra cadeira de rodas, a espera dos barcos era tensa e quando eles chegavam era brata pra todo mundo. Os oficiais estavam tendo um ataque de nervos, mas eu sobrevivi bem de boa, e fui pra galeria bem tranqüila porque afinal de contas, o que vale nessa vida de bordo são as horas livres e não a loucura que essa gente always on duty tenta enfiar na nossa cabeça.

Meu pai Luiz Figueredo com meu sobrinho Bernardo dias antes de falecer, em 2007
 (hoje 15/10/12)

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